Moll Flanders, de Daniel DefoePor que livros são banidos? Porque eles representam uma amea&cc
Moll Flanders, de Daniel DefoePor que livros são banidos? Porque eles representam uma ameaça: ao governo, à moral e aos bons costumes, aos privilégios de uma classe social ou a um conjunto de ideias vigentes. Seguindo o sucesso de “Robinson Crusoé”, Daniel Defoe escreveu vários romances, e o penúltimo deles, de 1722, acabou banido: Moll Flanders. Narrado em primeira pessoa por “Moll” (nem sabemos se este é o nome real dela, pois em sua juventude ela era chamada de Betsy), o livro serve como um conselheiro para as mulheres da época. E ser mulher no século XVIII significava ter um único objetivo na vida: casar. E para uma moça ambiciosa como Moll, o objetivo era casar com um homem rico. Mas não pensem que ela era um protótipo da mulher aproveitadora que vimos em filmes noir ou que vemos ainda hoje: Moll também ter valores e um coração mole. Isso torna a personagem carismática, apesar de escandalosa. Logo estamos torcendo por ela.Mas Moll não tem sorte de maneira alguma. As desgraças que caem sobre ela antes da página 100 seriam suficientes para fazer outras mocinhas desistirem de viver. Mais importante do que isso é observar que mais de uma vez ela é orientada a trocar de parceiro apenas para defender a honra de um ou outro homem. A honra dela não importa, e muitas vezes ela se trata por “whore” (prostituta). Sem dúvida os muitos escândalos de Moll Flanders foram demais para a época, e também foram de certo modo censurados no cinema, quando em 1965 o filme foi adaptado para as telas. Seus vários parceiros sexuais são reunidos em apenas dois homens por quem ela se apaixona, e filho nenhum aparece na história (no livro, Moll até apelou para uma “tecedeira de anjos” em uma de suas gestações). Ainda surpreendente, Moll Flanders foi o retrato fiel e triste de muitas mulheres inglesas do século XVIII, mas ainda ecoa e desperta atenção por ter sido proibido. -- source link
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